Amor, olhe para mim (NOVEL) - Capítulo 37
-Episódio 37-
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Se existia sexo tão doce que poderia fazer alguém derreter, também existia sexo tão feroz quanto ser devorado.
Hoje era a segunda opção.
Cada lugar que a língua e os lábios de Heerak tocavam parecia escaldante. Seu corpo inteiro fora tingido de vermelho. Havia até áreas que pareciam um pouco dolorosas. Seus mamilos foram impiedosamente sugados e provocados pela língua de Heerak, e uma dormência começou a se espalhar ao redor de suas coxas. Talvez seja porque estivesse acostumado a que as pontas de seus dedos tocassem sua pele com ternura e meticulosidade, aquecendo tudo. Ele arfou várias vezes com as mãos que o acariciavam e o tocavam apaixonadamente.
Doseon gozou uma vez sob o toque de Heerak. Ele sentiu uma estranha satisfação ao ver os belos e impecáveis dedos de Heerak encharcados com seu sêmen. Isso o excitou, e também fez com que a vergonha corasse sua pele. Se ele tivesse dito tal coisa em voz alta, Heerak certamente teria sorrido como se ele tivesse acabado de lhe dar o melhor elogio do mundo. Ele podia facilmente imaginar isso.
Doseon soltou um suspiro irregular e levantou brevemente as pálpebras, dando uma espiada. Quando olhou para baixo com curiosidade, sua visão febril absorveu aquela imagem lúgubre, Heerak estava apoiando seus quadris para cima com uma mão enquanto a outra trabalhava dentro de Doseon, encharcando-o com lubrificante. Seu sangue parecia fever. Quando as sensações, que disparavam arrepios em sua espinha, e o que estava vendo tomaram forma e se sobrepuseram, sua cabeça começou a girar. Era embaraçoso ver-se naquela posição, então ele rapidamente desviou o olhar. Em meio ao cenário que acabara de examinar ele notou que Heerak estava latejando, duro como pedra, parecendo ter chegado em seu limite.
Quando Doseon viu pela primeira vez a forma nua de Heerak, o comprimento e a circunferência de seu pênis fizeram-no engolir em seco. Como ele poderia receber uma coisa tão feroz dentro dele? Como ele poderia carregar algo que contrastava tão fortemente com seu rosto bonito? Doseon não estava confiante de que caberia, mas o corpo humano era uma coisa misteriosa. Naquela noite, Heerak deslizou para dentro dele e, embora uma dor aguda tenha trespassado seu abdômen com a intrusão, ela durou pouco.
Parecia que Heerak ainda não se lembrava bem, mas ele constantemente prestava muita atenção em como Doseon estava se sentindo naquele momento, diminuindo seus movimentos e combatendo seu desejo de ir mais fundo nele. Ele se mexeu, procurando a próstata de Doseon e, quando a encontrou, pressionou-a suavemente, certificando-se de que ele não sentisse nada além de prazer. Seus anteriores gemidos de dor se transformaram em gemidos de prazer.
Pensar naquela experiência ainda o fascinava. Era um momento que ele nunca esqueceria, mesmo que Heerak não pudesse se lembrar. Se Heerak realmente quisesse, Doseon poderia tentar o seu melhor para explicar tudo o que acontecera e ele tinha certeza de que não perderia um único detalhe. Claro, suas bochechas acabariam queimando de vergonha, mas isso não era algo que seria impossível de suportar.
Apesar de ser capaz de contar a experiência, ele sabia que tal chance nunca surgiria em sua vida. Afinal, Heerak disse que ainda ‘via vermelho’ sempre que pensava em como não conseguia se lembrar de nada do que havia acontecido naquela noite fatídica. Isso o deixava louco. Doseon se sentia em dívida com Heerak por isso, mas se ele mencionasse isso em voz alta, Heerak poderia ficar chateado.
Ainda assim, Heerak provavelmente se sentiu tão grato quanto Doseon.
Ele não tinha certeza se era porque eles começaram assim, mas Heerak sempre concedeu muito tempo e cuidado na preparação de Doseon. Não importa o quão impaciente ele estivesse, ele sempre esperava para ter certeza de que as paredes internas de Doseon estavam relaxadas e escorregadias o suficiente para o acolherem com facilidade.
Doseon, por outro lado, estava um pouco mais inquieto. Ele queria que Heerak o tomasse mais rápido; ele queria o prazer que o pau rígido de Heerak lhe trazia.
Ele falava sério quanto a isso, mas também queria excitar Heerak. Funcionou dez vezes em dez no início, então, apesar de seu constrangimento, nervosismo e senso de razão dissolvido, ele sempre conseguia dizer alguma coisa. Ultimamente, porém, não estava funcionando tão bem quanto esperava. Na verdade, Heerak simplesmente sorria vagarosamente e piscava para Doseon toda vez que pedia para ele se apressar. Parecia que queria desfrutar plenamente de seu interior com as pontas dos dedos.
Ele dizia que era ruim o fato de não conseguir explicar o quão adorável Doseon parecia e como era maravilhoso ver seus dedos desaparecerem dentro dele.
Ouvir Heerak dizer essas coisas com aquele sorriso radiante fazia Doseon se sentir tonto e ele esquecia brevemente seu nervosismo para assim lidar com o constrangimento subsequente que o inundaria. Momentos como esse o faziam querer correr e se esconder em algum lugar.
Doseon tinha certeza de que o quarto estava cheio do cheiro forte dos feromônios de Heerak, mesmo que não pudesse confirmar por conta própria. Ele também não precisava avaliar o quão preparado estava, levando em conta como se sentia por baixo. Tudo o que ele precisava fazer era olhar para Heerak. Quando chegou a hora certa, a mudança nele era visível, mesmo através da visão nebulosa e vacilante de Doseon. Heerak não perdia o sorriso, mas, de alguma forma, ele conseguia parecer um pouco mais inexpressivo. Ele exalava uma aura inexplicável, e ela reinava enquanto ele lambia o lábio, devorando o buraco obsceno de Doseon através de seu olhar errante. Quando seus olhos luxuriosos percorreram seu corpo, subindo das coxas a barriga, antes de finalmente pousar em seu rosto, Doseon respirou fundo sem se dar conta.
O olhar que trocaram não durou muito, mas isso foi uma coisa boa. Se ele tivesse que encarar aqueles olhos perigosos e profundos por mais um segundo, poderia ter perdido a cabeça.
Ele pôde sentir algo se posicionando em seu ânus. Era um sinal. Doseon agarrou os lençóis o melhor que pôde. A princípio, ele inconscientemente apertou seu buraco, mas ambos perceberam que isso tornaria a situação mais difícil para os dois. Então, Doseon instintivamente se concentrou em agarrar o lençol e relaxar, preparando-se para a inserção.
Lentamente, o pênis de Heerak abriu caminho para dentro dele. Doseon fechou os olhos e exalou uma respiração excitada. Quando ele fechava os olhos dessa maneira, podia se concentrar ainda melhor no calor do momento, tomando cada centímetro onde a carne sensível se encontrava. Ele se sentia tão quente por dentro que poderia jurar que algo derretido residia sob sua pele. Quanto mais fundo Heerak entrava, mais vividamente Doseon podia sentir sua passagem se contraindo e estendendo, alocando com cuidado o pênis de seu alfa suficientemente dentro dele até sentir que poderia arrebentar.
Uma vez que Heerak estava totalmente acomodado dentro do buraco agitado de Doseon, ele começou a se mover de forma mais imprudente, empurrando com maior fervor. Hoje foi um daqueles dias em que parecia que Heerak agia como uma pessoa completamente diferente. Doseon tinha que se preparar mentalmente para dias como esse, porque eles não iriam parar depois de apenas uma ou duas rodadas. Ele ia acabar inerte e entorpecido de prazer uma vez que Heerak terminasse com ele.
Em dias como este, Heerak não se incomodava em provocar Doseon ou fazer perguntas para verificar como ele estava se sentindo. Isso era prova suficiente. Não passaria por sua mente checar. Ele estava tão perdido em perseguir seu próprio prazer que esse pensamento só lhe ocorreria posteriormente.
Doseon olhou para Heerak, através de sua visão nebulosa, e seus olhos imediatamente se encontraram. Talvez tivesse sido melhor observar a visão gráfica do pênis alfa mergulhando dentro e fora dele, fazendo uma bagunça em seu buraco gotejante, mas o rosto de Heerak finalmente provou ser a visão mais estimulante. O desejo de conquista e a luxúria que pintavam seu rosto eram tão belos que causaram arrepios em sua espinha. Isso fez com que o beta se sentisse tonto e sobrecarregado, então ele fechou os olhos mais uma vez. Em seguida, ele escutou uma leve risada, fazendo cócegas em seus ouvidos.
Sua mente não conseguia acompanhar o que estava acontecendo com seu corpo. Heerak levantou as pernas de Doseon, colocando-as em seus ombros, abrindo-as assim ao máximo, e então ele empurrou ainda mais fundo dentro dele, batendo em seus pontos mais prazerosos. Sua pele latejava e queimava como se estivesse sofrendo uma grande violação. Ele gemeu suplicante, incapaz de suportar as sensações incompreensíveis que o alfa o fazia sentir. Só então os movimentos persistentes de Heerak começaram a diminuir.
Heerak girou os quadris, apertando suas virilhas violentamente. O feroz pênis alcançou o lugar mais profundo, acomodando-se até a base. Doseon tentou cobrir a boca para não fazer mais barulhos. O calor excitante e a luxúria inebriante embalavam seu amor um pelo outro. Heerak se moveu como se pretendesse gravar as sensações sensuais que ele provocava na tenra passagem interna de Doseon. Ele procurou empurrar quantidades excessivas de prazer no corpo do outro, e o beta caiu em um poço de êxtase.
A satisfação psicológica de ser abraçado por Heerak e as faíscas que se espalhavam lentamente por seu corpo se fundiram. Doseon conseguiu se livrar de toda a tensão que carregava em seu coração até então, derramando lágrimas de alegria. Seus soluços indecorosos, misturados à leve risada de Heerak penetraram profundamente seus tímpanos.
O som úmido e obsceno de suas coxas golpeando a cada estocada preencheu o quarto. Doseon estremeceu e desmoronou como se tivesse sido eletrocutado, deixando-se à mercê dos frenéticos quadris de Heerak. Em um instante, o pau de Heerak estava bombeando superficialmente pela entrada de Doseon, provocando seu buraco inchado e franzido, e então no momento seguinte, estava se contraindo profundamente, revirando suas entranhas. Doseon não teve um único momento de relaxamento.
Ele se contorceu e cobriu o rosto com as mãos, mas não conseguiu escapar do prazer que o assombrava tão explosivamente. Isso o assustou. Doseon estremeceu ao pensar em como seu corpo havia sido transformado em algo inimaginável pela mesma pessoa que ele sempre sonhara em abraçar. O fato de que ele ainda podia sentir o medo o aliviou. Não muito tempo depois, sua cabeça inevitavelmente se tornaria uma bagunça, ele ficaria completamente em branco, e seu corpo não sentiria mais como se lhe pertencesse.
De repente, o pau que esteve penetrando seu interior com força, se retirou completamente, e os sons eróticos que enchiam o quarto, fazendo Doseon querer cobrir seus ouvidos, pararam. No entanto, isso não significava que ele poderia relaxar ainda. Sua cabeça estava totalmente confusa, mas ele não teve tempo para acalmá-la.
Heerak o deitou de lado e então descansou junto dele. Impetuosamente, o pênis inchado do alfa penetrou seu buraco vermelho, enterrando-se de volta no espaço recém desocupado de Doseon, preenchendo-o mais uma vez. De alguma forma, naquele breve momento, seu buraco se apertou novamente. Como se questionando por quê tinha começado a fechá-lo, o membro grosso de Heerak se esforçou para voltar a empurrar dentro e fora dele, provocando uma série de gemidos quebrados e dolorosos na garganta de Doseon, que ainda mantinha o rosto escondido atrás das mãos.
Naquele momento, Heerak segurou o pau de Doseon, que estava se debatendo, intocado, meio erguido. Sua outra mão serpenteou entre a lateral de Doseon e os lençóis, provocando levemente e pressionando seus mamilos empinados. Doseon se contorcia reflexivamente, e toda vez que seus quadris davam um solavanco, Heerak beliscava seus mamilos. Então, Heerak massageou a carne macia perto das axilas de Doseon, e seus dentes roçaram seu ombro.
Doseon cerrou os dentes, sentindo nitidamente o hálito que tocava sua orelha. O alfa chamou seu nome com uma voz rouca e apaixonada, rosnando a cada estocada. Ele achou que ia desmaiar. Heerak fez inúmeras coisas que o levaram perto do limite. O mais eficaz foi quando Heerak o persuadiu a dizer seu nome. Ele sentiu que estava honestamente enlouquecendo quando Heerak mordeu o lóbulo de sua orelha, separou os lábios em um sussurro e disse. “Doseon. Yoon Doseon,” ele começou, sua voz grossa como cascalho, “Diga-me a quem você pertence. Quem está te comendo? Quem é o sortudo?”
Doseon imediatamente gritou o nome de Heerak, balbuciando continuamente, dizendo que o amava, que o adorava, que Heerak era o único para ele e que ele era o único que podia lhe dar tanto prazer. Doseon chorou e derramou tudo o que ele nunca seria capaz de dizer em seu juízo perfeito.
Um suspiro satisfeito ecoou de Heerak. Seu pênis, inchado ao máximo, bateu em Doseon impiedosamente, sacudindo seu corpo. A força bruta desse ato fez Doseon se contorcer no lugar, ao mesmo tempo em que um choque surdo brilhou tenazmente em sua cabeça, produzido pela luxúria que emanava das mãos de Heerak. Ele não teve tempo de se deleitar no brilho de sua libertação, no entanto. Como se estivesse querendo impor sua presença, Heerak começou a penetrá-lo ainda mais agressivamente. A satisfação de seu clímax foi sobreposta pelo perigoso prazer das incessantes estocadas. Doseon engasgou e sua boca se abriu soltando um gemido silencioso. A fina corda de racionalidade a que ele se agarrava se despedaçou como fogos de artifício e se espalhou como brasa sob o intenso calor.
E de repente, quando voltou a si, eles haviam trocado de posição. Desta vez, ele estava deitado de bruços, recebendo seu pênis. Seu estômago e paredes internas doíam e se contraíam, forjados em uma revoada de sensações inexplicáveis. Essa foi a única coisa que ficou registrada em sua cabeça. Nada mais importava.
Todo o seu corpo estava pressionado por Heerak, que penetrava em seu interior.
A respiração febril de Doseon umedeceu seu travesseiro. Ele já não conseguia mais ouvir todos os sons lascivos que eles produziam. Suas peles suadas, em contato, grudaram firmemente uma na outra como se fossem cola. Heerak o preencheu tão completamente que parecia que ele nunca iria sair dali – como se ele nunca fosse parar. Como se ele nunca devesse. Com as repetidas estocadas, o buraco de Doseon se afrouxou completamente. No entanto, o monstruoso pênis do alfa ainda impunha sua presença aterrorizante nas repetidas investidas. Lágrimas rolaram por suas bochechas. Ele fungou, gemendo enquanto Heerak chupava e mordiscava sua nuca e seus ombros como se quisesse confortá-lo. O desejo, a sede e a ternura que ele sentiu vindos dos lábios de Heerak o fizeram derreter de êxtase.
As mãos quentes de Heerak agarraram as laterais de Doseon e o viraram para encará-lo. O rosto de Heerak entrou no ângulo de sua visão embaçada. Doseon estendeu os braços para acariciar seu rosto encharcado de suor com amor, afastando o cabelo preso em sua testa. Então, Heerak sorriu como se estivesse no topo do mundo, parecendo o homem mais feliz do mundo. Ao olhar para o rosto sempre elegante de seu amante, Doseon lhe devolveu um sorriso de igual brilho diante da sensação de plenitude que apertou dentro de seu peito. Ao mesmo tempo, sentiu algo grudento e penetrante em sua pele, querendo perfurar seus ossos. Eram feromônios ou eram as emoções que Heerak procurava transmitir?
O membro densamente inchado se empurrou em seu interior. Heerak enterrou as mãos entre os lençóis e abraçou fortemente seu corpo encharcado de suor. Doseon, por sua vez, também usou seus braços e pernas para envolver o homem que o penetrava. Sua visão estava nublada. Ele se sentiu tonto quando seus olhos fitaram o teto que balançava ao ritmo de seus movimentos. Também podia sentir como a parte inferior de seu corpo se contraia quando Heerak o penetrava suavemente.
Heerak capturou os lábios de Doseon em um beijo, fazendo-o sentir como se estivesse sendo mastigado e devorado. A língua, em chamas, invadiu sua boca, a carne molhada, espelhando a velocidade, força e ritmo dos movimentos dos quadris.
Quando sentia dor, a ponta da língua do alfa pressionava seu palato. Em pouco tempo, a saliva que não conseguiu engolir, escorreu pelos cantos de sua boca. Seu pau, estimulado pelos movimentos apaixonados de Heerak, já estava pingando gozo.
Heerak aumentou seu ritmo, a um passo do clímax.
Seus dedos se entrelaçaram, afundando no travesseiro. Seus lábios se separaram para que pudessem respirar, se unindo novamente logo em seguida, como se fosse uma tortura a breve separação. As estocadas de Heerak começaram a vacilar, seu ritmo errático evoluiu alarmantemente, até que ele finalmente se acalmou, derramando os frutos de sua luxúria profundamente dentro do outro.
Os olhos do beta se fecharam em prazer. Doseon saboreou a sensação de estar cheio com os olhos ainda fechados. Então, ele os abriu ligeiramente, encontrando diante dele um olhar. Os olhos brilhantes que o observavam com o desejo latente de monopolizá-lo, fizeram sua cabeça girar. Se ele pudesse fingir um desmaio, queria fazer isso agora. Ele precisava fazer qualquer coisa para escapar daqueles olhos.
Com a voz rouca, ele implorou por um beijo. O rosto de Heerak suavizou, florescendo em algo radiante. Ele observou os lábios de Heerak se aproximarem e gradualmente fechou seus olhos enevoados mais uma vez.
***
Como era de se esperar, não terminou depois de uma ou duas vezes.
Fazia um tempo desde a última vez que eles usaram seus corpos tão insensatamente. Eles podiam se comunicar com os olhos, e hoje não foi diferente. O contato visual era como um sinal para que ele permitisse que o outro entrasse em seu interior. Doseon aprendeu que mesmo um leve contato com a pele poderia acender fagulhas de prazer em sua mente.
Doseon de repente ficou curioso. Quantos feromônios de Heerak estavam nesta sala agora?
“Você está bem?” A voz de Heerak ao perguntar soava rouca. Mas soava melhor do que a de Doseon. Doseon só conseguia mover os lábios. Suas cordas vocais estavam exaustas e ele não conseguia responder direito, então simplesmente assentiu. Heerak sorriu levemente, com a cabeça perto de seu ombro.
Doseon não estava completamente exausto, mas seu corpo ainda parecia pesado. Como geralmente ocorria, após o intenso sexo, ele sempre se sentia lânguido, como se estivesse a ponto de cair no sono. Sua pele encharcada de suor estava macia. O traseiro de Doseon, que havia recebido o grosso pênis, ainda doía com choques de eletricidade.
As mãos de Heerak acariciaram suavemente as costas encharcadas de suor. Doseon reagiu ao toque e aplicou um pouco mais de força aos braços que o seguravam. O som pegajoso de carne contra carne fez cócegas em seus ouvidos. Ele havia se acomodado nos braços de Heerak, que estava sentado na cama. Depois de desfrutar plenamente dos efeitos do sexo, Heerak levantou Doseon facilmente e o carregou para o banheiro, como de costume.
“Ugh.” Doseon gemeu brevemente. Ele sentiu algo quente pressionar contra seu traseiro. Agora Heerak deveria estar exausto também, mas por que ainda está assim tão excitado…?
“Aconteceu… Alguma coisa… Hoje?” Doseon mal conseguiu sussurrar com sua voz vacilante. Heerak sorriu alegremente. Era um sorriso como qualquer outro, mas a mente de Doseon estremeceu pelo tom de sua voz ligeiramente rouca. Ele não conseguia decidir se Heerak era mais uma droga terapêutica ou um veneno.
“Não, nada. Exceto que você é bonito e adorável, talvez?”
Sua voz era muito sexy. As bochechas de Doseon ficaram vermelhas. Ele perdeu completamente a fala. Com isso, o beta simplesmente enterrou o rosto nos ombros firmes do outro. Ele não queria ignorá-lo, mas estava muito consciente e não sabia o que dizer.
E quando Doseon perguntou o que queria que fizesse por ele com uma voz quebrada, escutou sua suave e doce resposta.
“Me emprestaria suas mãos?”
Doseon inclinou a cabeça. Esse era um pedido mais simples do que ele pensava. “Que tal fazer isso com a minha boca?” ele perguntou.
Então, Heerak exclamou satisfeito com uma voz cheia de admiração. “Uau, eu adoraria isso”, sussurrou. “Mas não quero te pedir isso porque sei que está exausto.”
Heerak falou de maneira casual, mas não conseguiu esconder a decepção. Doseon sorriu em silêncio porque ele podia sentir a sede que surgia no final de suas palavras. Apesar de sua cabeça parecer estar flutuando, Doseon costumava pensar rápido o suficiente em momentos como este. Nesse momento pensou no que Heerak queria que ele dissesse realmente. Doseon estava espantado consigo mesmo.
“Bem, na verdade… Eu não estou cansado… Que tal mais uma vez?”
Os braços que envolviam suas costas e cintura se apertaram. Ele pôde sentir o membro de Heerak ficando mais duro.
“Uau, tem ideia do que está dizendo? Não sabe que é perigoso dizer algo assim?”, disse Heerak.
“Sim, eu sei.”
Então Heerak murmurou enquanto abraçava Doseon novamente. “É tão difícil recusar um convite aberto.”
“Eu não disse isso para você recusar.”
Heerak pressionou os lábios no ouvido de Doseon. Quando ele falou, seu tom era alegre. “Doseon, aconteceu alguma coisa hoje?”
“Não. Nada. Exceto que você é muito bonito e adorável, talvez?”, disse Doseon. Ele queria retribuir o elogio com mais energia, mas sua voz não soou forte o suficiente. No entanto, ele estava feliz em ver que Heerak parecia exultante de qualquer maneira. Heerak estava sempre falando sobre como ele não conseguia encontrar uma boa chance de impressionar Doseon, mas a verdade era que Doseon era quem mais lutava com isso.
Doseon tentou pôr a outra mão atrás dele para agarrar o pau de Heerak, planejando colocá-lo dentro dele e ficar nessa posição, mas Heerak imediatamente o deteve. Ele murmurou baixinho, enquanto devolvia a mão de Doseon ao seu lugar anterior. “Por favor, abrace-me forte. Isso é tudo que eu preciso.”
Que tal um beijo? Nesse caso, Doseon não seria capaz de ouvir sua voz. A voz suave que passava por seus ouvidos trouxe de volta o tremor que uma vez havia diminuído. Heerak riu depois de sentir os tremores.
“Tudo que você tem que fazer é me devorar deliciosamente.”
Doseon respirou com dificuldade e disse em perplexidade, perguntando: “Eu… Não sou aquele… Que está sendo devorado?”
“Eu não acho.”
“Uh, ah!…”
De repente, Heerak agarrou as duas nádegas de Doseon e as abriu. Doseon gritou, chocado e sensível, enquanto o sêmen que havia ficado preso em seu interior fluía.
Então, imediatamente Heerak enfiou seu pênis de volta no buraco de Doseon. Do jeito que estava. O local estava molhado o suficiente para simplesmente deslizar para dentro. Seus dedos roçaram onde eles estavam unidos. “Você vai devorar o meu pau com esta parte.”
Doseon gemeu enquanto todo o seu corpo estremecia com o toque. Ele gritou, soluçando e ofegante. “Ah, ah, ah… Profundo, isso é muito-ngh, ah-“
“Eu posso tomar isso como um bom sinal, certo?”
A carne que entrou em um movimento rápido começou a se mover, como se quisesse preenchê-lo completamente. O corpo de Doseon já estava encharcado de prazer, então parecia fácil despertar aquela sensação. À medida que o pênis crescia, Doseon cerrava os maxilares com força.
Doseon colocou sua força restante em seus braços e então abraçou Heerak com todas as suas forças.
***
“Diretor.”
Fazia mais de um minuto desde que Seokchan entrou na sala depois de bater.
Seokchan observou Heerak, que estava sentado em sua mesa com o queixo apoiado nas mãos. Heerak não reagiu ao som de seu título, então Seokchan inclinou a cabeça, confuso, e o chamou novamente, mas ainda não houve reação. Ele verificou seu rosto. Não parecia que Heerak queria ser deixado sozinho. Em vez disso, ele apenas parecia distante. Seokchan não tinha certeza se era apenas sua imaginação, mas Heerak até parecia um pouco triste.
“Haa…”
Heerak suspirou alto. Seus belos e largos ombros, vestidos com um terno, se elevaram e caíram dramaticamente. A sala inteira pareceu cair com seus ombros.
Seokchan estreitou os olhos.
Ontem e hoje — até onde ele sabia — não houve contratempos no trabalho. Havia alguns problemas triviais, mas eram todos coisas que Seokchan poderia lidar sozinho. Além disso, seu superior não era de suspirar porque não gostava de como as coisas estavam indo. Em vez disso, era mais provável que ele ficasse furioso ou planejasse resolver o problema a todo custo.
O que poderia fazer o diretor suspirar assim ultimamente? Rapidamente, o rosto de um beta, agora familiar após vários encontros, veio à sua memória. Era realmente por causa dos assuntos amorosos do diretor? Isso não era um bom sinal, então. Seokchan lembrou-se da vez em que Heerak jogou uma semana inteira pelo ralo e se escondeu em casa por causa disso. Se Heerak começasse a minguar novamente, Seokchan seria o único a lidar com tudo.
No entanto, se fosse um problema tão grande, não havia como o diretor estar sentado aqui assim. Ele não teria vindo trabalhar se esse fosse o caso.
Seokchan tentou se tranquilizar, aproximando-se da mesa. Mas Heerak nem sequer olhou para o secretário enquanto ele se aproximava, ignorando completamente seus passos. Ele fechou a mão em punho e bateu levemente na mesa de Heerak. Ao mesmo tempo em que aumentava o tom de sua voz. “Diretor, aconteceu alguma coisa?” ele perguntou.
Heerak se encolheu e baixou as mãos. Por fim, ele percebeu que Seokchan estava parado diante dele. Os olhos de Heerak se arregalaram. “Huh? Quando você entrou?”
Continua…
Tradução Sa-Rang & Meniazul
Revisão: Sa-Rang & Meniazul
QC: Pepita